Saiu
porta e corpo afora
Fora
de sua história.
Para do pingo da
chuva pingar-se
diluir o que ficou
daquilo que já não
há.
E levar para além
do nada o que virá
Assim foi-se o
sangue
o medo
a roupa, o batom
o cabelo
a casa e o tempo.
Só ficou ali
perdido,
num torto canto
escondido
do pensamento
o esquecimento.
Tal qual o corpo
molhado
esperando se secar.
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