Fechem as janelas
as portas
as venezianas
os olhos
e os ouvidos.
Ventos intrusos
que folheam as páginas do conto
que mudam as leituras
o lugar das coisas
e as coisas do lugar
vão entrar.
as imagem mudam
os olhos mudam
a boca muda
ventos intrusos
que trazem palavras
contrapalavras
histórias
vividos
ventos que entram pelas paredes
que despenteiam meu cabelo
e meu sorriso
ventos intrusos
que não são de ninguém
que entram sem pedir
e que me diz
que me encontra
que me leva
que me traz
que, num sopro ao ouvido,
me apresenta um outro Eu.
Principalmente o nordestão lá da zimba!
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