Quando
eu não tiver mais nome
Vagarei
vulgar
Por
todas as línguas
Das
mulheres sem homens
Nem
lugar
Quando
eu não tiver mais cor
Colorirei
o colar
Com
todas as tintas
Das
mulheres sem pudor
Nem
penar
Quando
eu não tiver mais poema
Não
terei colares
Nomes,
cores
Linguagens,
Lugares
Homens,
mulheres.
Não
terei mais prece
Nem
pressa
Nem
essa
estrada
plena.
Não
parecerei mais com nada
Aparecerei
de mãos fadadas
vazias
Nulas
e mudas
Em
mudar eu mudo
E serei
tudo.
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