terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Quando eu não tiver mais.

Quando eu não tiver mais nome
Vagarei vulgar
Por todas as línguas
Das mulheres sem homens
Nem lugar

Quando eu não tiver mais cor
Colorirei o colar
Com todas as tintas
Das mulheres sem pudor
Nem penar

Quando eu não tiver mais poema
Não terei colares
Nomes, cores
Linguagens, Lugares
Homens, mulheres.
Não terei mais prece
Nem pressa
Nem essa
estrada plena.

Não parecerei mais com nada
Aparecerei de mãos fadadas
vazias
Nulas e mudas
Em mudar eu mudo

E serei tudo.

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